Especada diante de um "portal". Vejo a névoa, translúcida, perder a forma no ar. O silêncio é quebrado por breves segundos, pelos assobios do vento, só eu espero aqui, por Ti. Apressa-Te. A viagem para o fim é apenas o início. Não me tortures com a demora na Tua vinda.
A luz começa a escassear. Cansam-me, estes esforços para manter-me de olhos abertos. De olhos abertos ou fechados, a escuridão é a mesma. Terá chegado a nossa hora? Espero-Te aqui, em silêncio, na noite. Será o Nada, em oposto ao Tudo Luz, o anúncio da Tua presença, aí desse lado?
Deixo